segunda-feira, 5 de abril de 2010

1. Simetria

1.1. A tendência minuciosa à perfeição.
Ninguém sabe como se iniciou a eterna busca pela perfeição dos sentimentos, daqueles que são puros e inegociáveis, dos que brotam do peito sem pedir sequer licença. Não lhes damos passaporte, não lhes atribuímos visto, mesmo sabendo da necessidade de mostrá-los.

Mas não pense que só falo dos sentimentos bons, positivos, valorosos, mas também falo dos que nos torturam, ferem e matam. Aqueles que, por muitas vezes, nos envergonhamos, aqueles que cerramos por detrás das grades e nem em dias de visita pensamos em deixá-los se revelar.

Aos sem princípios, aos desordenados, a vergonha faz cair a máscara e se revela perene, inerte e virtuoso, mas nós o recriminamos certo de que tais sentimentos têm de ser submergidos por aqueles outros. Os vilões e os mocinhos.

O amor X ódio, por exemplo. O primeiro prevalece ao segundo, mas por vezes ambos se vêem em igual proporção... Uma balança de iguais medidas...

Não, eu não sou a favor dessa simetria inarmônica do ódio + amor, mas interrompo e penso se de fato, nós humanos, separamos, criamos uma linha imaginária que separe o bom do mau, o certo do errado, o provável e o improvável...

Sim, eu não sei!!

Na dúvida, deixa prevalecer o amor!!